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Floresta Latifoliada Tropical Úmida de Encosta e Mata Pluvial Tropical são também denominações usadas para se referir a Mata Atlântica, nome mais usado. O nome Mata Atlântica se dá pela proximidade da mata, ao litoral brasileiro, que é banhado pelo Oceano Atlântico.
A floresta atlântica assemelha-se, quando falamos de fisionomia e composição de sua flora, à Floresta Amazônica. São igualmente densas, com árvores altas nos setores mais baixos do relevo, apesar de as árvores amazônicas apresentarem, em média, maior comprimento. A existência de espécies semelhantes entre a Amazônia e a Mata Atlântica sugere que estas florestas já se comunicaram em alguma fase de sua história. O que distingue a Floresta Amazônica da Mata Atlântica, é que primeira é em geral, de planície, e a segunda de altitude. Suas temperaturas médias fazem com que a vegetação seja diferente levando-se em conta o seguinte aspecto: quanto mais distante a Mata Atlântica estiver do equador, mais ela se difere da vegetação amazônica devido à diminuição da temperatura.
A Mata Atlântica é o habitat natural do pau-brasil, árvore que deu origem ao nome do nosso país. Desde quando começou o extrativismo vegetal em grande escala no Brasil, a partir do século XVI (Brasil Colônia), a Mata Atlântica vem sofrendo com ações antrópicas irracionalizadas. Sua diversidade biológica e proximidade do litoral brasileiro, local onde os navios mercantes interessados em extrair riquezas naturais, principalmente madeira, chegavam para adentrar nosso território, deu início aos impactos ambientais que geraram a devastação atual.
Originalmente, a Mata Atlântica percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 bilhão de quilômetros quadrados. Hoje restam apenas 52.000 km quadrados, sete por cento do original, em ilhas localizadas em pontos diferentes do território brasileiro. Devido a grande devastação dessa mata, quase 200 espécies estão ameaçadas de extinção, fora aquelas que já se extinguiram, metade das espécies vivas poderão estar extintas até o final do próximo século.
A grande devastação se deve ao crescimento das cidades ao longo do sudeste
brasileiro, onde há boa parte do bioma Mata Atlântica, a extração vegetal desordenada e a atuação da agricultura, que vem crescendo paulatinamente para atender à dinâmica populacional brasileira que se adensa no sudeste.
O organismo que atua de forma mais intensa para defender a preservação da Mata Atlântica é o SOS Mata Atlântica, que vem disseminando para o mundo a devastação que a mata está enfrentando, além da fiscalização e outros mecanismos de atuação para preservar este sistema natural, tão importante, mas desmerecido.

Pretendemos através deste texto, fazer uma breve discussão sobre a problemática do êxodo rural brasileiro, citando acontecimentos históricos e analisando alguns problemas que envolvem a agricultura hodierna, e geram a expulsão do homem campesino do campo.
Entretanto, ao chegarem nas cidades, não possuindo recursos materiais para seu estabelecimento adequado, acabam improvisando residências carentes de infra-estrutura adequada e em áreas impróprias (ex. morros, beira de esgoto), nas chamadas – áreas de moradias sub-normais – ou favelas. Ali, os migrantes não possuem, na maioria das vezes, água encana e rede de esgoto, passando a viver em condições muito precárias.
Além da segregação espacial, o inchaço do Brasil urbano sem planejamento, multiplicou os violentos contrastes que já caracterizavam a sociedade brasileira. As mansões e edifícios luxuosos das grandes cidades convivem lado a lado com favelas e cortiços. A opulência de alguns - o automóvel do último tipo, às vezes com motorista particular, as roupas caras e da moda, o consumo com diversões, restaurantes dispendiosos - contrapõem-se à pobreza das multidões de subempregados, de mendigos, menores abandonados, de trabalhadores que ganham no máximo três salários mínimos (remuneração de cerca de 60%dos trabalhadores do país segundo IBGE).
Todos os problemas apresentados são interdependentes. Eles devem ser entendidos de forma integrada, pois, são partes de um mesmo fenômeno do desenvolvimento urbano desordenado do Brasil nas últimas décadas.
O êxodo rural propiciou no Brasil uma ocupação do espaço que se constitui num dos sérios problemas que o país enfrenta hoje. De acordo com Portela e Vesentini (2000: 3), “(...) enquanto somente cerca de 25% dos brasileiros vivem no campo, os 75% restantes aglomeram-se nas cidades, especialmente nas metrópoles do Rio de Janeiro e São Paulo(...)”.
O Brasil mudou bastante nas últimas décadas. Deixou de ser um país rural e agrário para transformar-se no Brasil urbano e industrial que se conhece hoje. Essa transformação significou modernização para o país, acompanhada de rápida industrialização juntamente ao intenso êxodo rural, gerador da urbanização. Um exemplo claro é a cidade de São Paulo que em 1940 possuía 1,3 milhão de habitantes, em 1950 - 2,1 milhões, e atualmente tem mais de 10 milhões de moradores, abrangendo um conjunto de municípios que se interligam, formando a Grande São Paulo, com cerca de 16 milhões de habitantes. Porém,essa modernização do país multiplicou os violentos contrastes que já se caracterizavam a sociedade brasileira, agravando os contrastes sociais.
Considerações Finais
No Brasil são bastante perceptíveis os problemas que a rápida urbanização, advinda dos movimentos migratórios campo-cidade acarretaram tanto para as áreas repulsoras quanto para as receptoras. As pessoas que saíram das áreas rurais e foram em busca de melhores condições nas áreas urbanas trouxeram prejuízos ao espaço urbano. A ocupação de áreas impróprias levou a problemas de infra-estrutura nas grandes cidades, levando a precariedade nos serviços básicos à população, gerados pela superpopulação. Além do mais, os emigrantes ao saírem das zonas rurais e, ao chegarem em seu destino - zonas urbanas (normalmente metrópoles) não são absorvidas pelo mercado de trabalho e, por sua vez, ficam desempregados, já que o Estado possui poucos mecanismos para adequação dessas pessoas. As mesmas, marginalizadas e sem muitas opções, ficam a perambular pelas cidades transformando muitas vezes em delinqüentes, ladrões, prostitutas, etc.
Referencias:
ADAS, Melhem. A Fome: Crise ou Escândalo?. ED. Moderna. SP- 1999.
ADAS, Melhem; ADAS, Sérgio. Panorama Geográfico do Brasil. Ed. Moderna. 3ª Edição. SP-2001.
NETO, João Augusto Mattar. Metodologia Científica na Era da Informática. Ed. Saraiva. SP-2003.
PORTELA, Fernando; VERSENTINI, José Willian. Êxodo Rural e Urbanização. 16ª Edição. Ed. Ática. SP-2000.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 22ª Edição. Ed.Cortez, SP- 2002.