domingo, 11 de fevereiro de 2007

A Mata Atlântica

Diego de Sousa . R. Fonseca


Floresta Latifoliada Tropical Úmida de Encosta e Mata Pluvial Tropical são também denominações usadas para se referir a Mata Atlântica, nome mais usado. O nome Mata Atlântica se dá pela proximidade da mata, ao litoral brasileiro, que é banhado pelo Oceano Atlântico.

A mata compreende a região costeira do Brasil. Percorre uma importante cadeia de montanhas que acompanha a costa oriental brasileira, desde o nordeste do Rio Grande do Sul até o sul do estado da Bahia. Ao norte, as maiores altitudes se encontram no interior do país. Sua altitude média é em torno de 900 metros.

Seu clima é equatorial ao norte e - quente temperado sempre úmida ao sul. Tem temperaturas médias elevadas durante todo ano e alta pluviosidade. Por receber muita energia radiante e pelo alto índice de pluviosidade, trata-se de uma floresta exuberante, de crescimento rápido e sempre verde (perenifólia) -, as folhas não caem.

O interior da floresta é ligeiramente escuro devido ao adensamento de espécies vegetais. As condições físicas na floresta atlântica variam muito por causa da grande extensão territorial. A altitude e localização geográfica das camadas estudadas fazem com que apareçam microclimas e vegetações que vão se diferenciando ao longo da paisagem. Isso se deve a sua distribuição em condições climáticas e altitudes que distam, favorecendo a pluralidade de espécies que vão adaptando-se às condições topográficas, de solo e umidade locais.

Calcula-se que na Mata Atlântica existam 10 mil espécies de plantas com infinidade de cores, formas e odores. Encontra-se: jabuticabas, cambuás, ingás, guabirobas, bacuparis, orquídeas, bromélias, samambaias, palmeiras, pau-brasil, jacarandá-da-bahia, cabreúva, ipês, palmito entre outras. Trata-se da maior biodiversidade em espécies contidas entre as florestas tropicais. No seu interior, os extratos que predominam são o arbóreo e o arbustivo.

Os solos da floresta são, via de regra, pobres em minerais. A maior parte está contida nas plantas, ao invés de estar no solo. Como neste há muita serrapilheira, que origina abundante húmus, existem microorganismos de vários grupos, os quais, decompõem as matérias orgânicas incorporando-as ao solo. Esses minerais, quando liberados pela decomposição de folhas e outros detritos, são prontamente reabsorvidos pelo grande número de raízes existentes, retornando ao solo quando as plantas ou suas partes (ramos, folhas, flores, frutos e sementes) caem.

A floresta atlântica assemelha-se, quando falamos de fisionomia e composição de sua flora, à Floresta Amazônica. São igualmente densas, com árvores altas nos setores mais baixos do relevo, apesar de as árvores amazônicas apresentarem, em média, maior comprimento. A existência de espécies semelhantes entre a Amazônia e a Mata Atlântica sugere que estas florestas já se comunicaram em alguma fase de sua história.

O que distingue a Floresta Amazônica da Mata Atlântica, é que primeira é em geral, de planície, e a segunda de altitude. Suas temperaturas médias fazem com que a vegetação seja diferente levando-se em conta o seguinte aspecto: quanto mais distante a Mata Atlântica estiver do equador, mais ela se difere da vegetação amazônica devido à diminuição da temperatura.

A Mata Atlântica é o habitat natural do pau-brasil, árvore que deu origem ao nome do nosso país. Desde quando começou o extrativismo vegetal em grande escala no Brasil, a partir do século XVI (Brasil Colônia), a Mata Atlântica vem sofrendo com ações antrópicas irracionalizadas. Sua diversidade biológica e proximidade do litoral brasileiro, local onde os navios mercantes interessados em extrair riquezas naturais, principalmente madeira, chegavam para adentrar nosso território, deu início aos impactos ambientais que geraram a devastação atual.

Originalmente, a Mata Atlântica percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 bilhão de quilômetros quadrados. Hoje restam apenas 52.000 km quadrados, sete por cento do original, em ilhas localizadas em pontos diferentes do território brasileiro. Devido a grande devastação dessa mata, quase 200 espécies estão ameaçadas de extinção, fora aquelas que já se extinguiram, metade das espécies vivas poderão estar extintas até o final do próximo século.

A grande devastação se deve ao crescimento das cidades ao longo do sudeste brasileiro, onde há boa parte do bioma Mata Atlântica, a extração vegetal desordenada e a atuação da agricultura, que vem crescendo paulatinamente para atender à dinâmica populacional brasileira que se adensa no sudeste.

O organismo que atua de forma mais intensa para defender a preservação da Mata Atlântica é o SOS Mata Atlântica, que vem disseminando para o mundo a devastação que a mata está enfrentando, além da fiscalização e outros mecanismos de atuação para preservar este sistema natural, tão importante, mas desmerecido.



Referência:

3 comentários:

FiNiN disse...

muito bom esse texto me ajudou muito
^^

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

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